Ouro Preto, zinco de bário de 2002.
Querida Valência Dois Mais:
Sinto que estrôncio perdidamente apaixonado por ti. Sabismuto bem que a amo. Ao deitar-me, ainda com o abajur acésio, quando descálcio meus sapatos, mercúrio no silício da noite, reflito e vejo que me sinto sódio. Então, desesperadamente, chouro. Nosso namoro era cério, nunca causou nenhum escândio, tudo estava índio maravilhosamente bem como num sonho cor de ródio. Para mim estar com você era como viver num paládio encantado, em meio a um lindo jardim osmótico, sob uma lua de prata. Lembro-me de que tudo começou nurârio passado, com um arsênio de mão, perto da ponte de Hidrogênio. Você estava em um carro de cor grafite metálico, com rodas de magnésio. No rádio tocava uma música da KássiaCl.Houve uma forte atração entre nós dois e a ligação foi inevitável. Inclusive depois, quando lhe telefonei e você respondeu carinhosamente: “Próton, com quem tenho o praseodímio de falar? ”Eu soube que a Inês disse que te embromo com esse namoro e que estou saindo com uma mina, amiga do Hélio.Mas crômio ela é mentirosa! Manganês deixar de onda e não acredita niquela diz, pois sabes que nunca agi de modo estanho contigo. Caso um dia apronte alguma, procurais um Avogadro e me metais na cadeia. Lembra-te, porém, que não me sais do pensamento. Sem ti, Valência, minha vida é um inferro. Eu brometo que nunca haverá gálio entre nós, ou então irídio emboro. Eu até já disse quimicasaria com você. De antimônio posso assegurar-te que não sou nenhum érbio e que trabário muito para levar uma vida estável.Oxigênio cruel tu tens, Valência! Não permetais que eu cometa algo de errádio. Por que és tão radical? Por que reages desse jeito? Por que me fazes sofrer tanto, se sabes que és tu a luz que alumínio meu caminho?
Abrácidos comovidros deste que muito te ama, Laurêncio Mendelévio.
Um comentário:
Esta carta é incrivel! agradeço por compartilhar. Usei com meus alunos e eles simplesmente gostam mais da quimica agora...
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